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Maringá,08/05/2025

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    Secretário é exonerado após ocultar condenação por improbidade

    José Luiz Velloso foi desligado da Secretaria de Turismo de Curitiba após Eduardo Pimentel ser informado sobre sentença judicial de 2019

    Fonte: Blog Politicamente
    Secretário é exonerado após ocultar condenação por improbidade Foto: José Luiz Velloso e Waldemar da Costa Neto, presidente nacional do PL

    José Luiz Velloso não ocupa mais o cargo de secretário municipal de Turismo de Curitiba. Ele foi exonerado nesta quarta-feira (7) pelo prefeito Eduardo Pimentel, logo após a revelação de uma condenação por improbidade administrativa que havia sido omitida durante sua nomeação. A decisão foi tomada no fim da tarde, e quem assume a pasta interinamente é a superintendente Edle Tatiana Lessnau de Figueiredo Neves.

    A exoneração ocorre em meio a uma situação delicada, que pode gerar repercussões jurídicas. Ao assumir o cargo no Palácio 29 de Março, Velloso declarou, de próprio punho, não ter pendências judiciais. Também apresentou certidões negativas emitidas por cartórios de Curitiba. No entanto, a condenação consta na Justiça da cidade de Antonina, o que impediu a detecção do processo nas certidões da capital.

    O Blog Politicamente teve acesso à sentença da Vara da Fazenda Pública de Antonina, proferida pela juíza Louise Nascimento e Silva em novembro de 2019. O caso remonta ao período em que Velloso atuava como secretário de Saúde do município. Segundo o Ministério Público, ele realizou contratações irregulares e efetivou pagamentos informais com origem financeira não comprovada. Entre os episódios destacados, está o recebimento de R$ 29,3 mil de um empresário do setor de transporte, que mantinha vínculo contratual com a prefeitura.

    Durante o processo, Velloso admitiu ter solicitado os recursos, alegando que seriam utilizados para quitar salários em atraso e manter o funcionamento do programa “Mais Médicos” no município. A defesa sustentou que ele agiu em estado de necessidade diante da crise financeira vivida pela cidade. No entanto, a sentença destacou a ausência de justificativa legal para as transferências bancárias — reconhecendo o ato como improbidade administrativa.

    O empresário também foi condenado. Ele alegou ter feito os depósitos com a expectativa de obter compensação em sua dívida de ISS junto à prefeitura. A juíza, porém, afirmou que Velloso, por ocupar um cargo público e ter experiência política, “não podia ignorar os limites legais de sua atuação”.

    Nos bastidores da política curitibana, já havia resistência ao nome de Velloso durante a formação do secretariado municipal. Fontes da prefeitura relatam que a preferência inicial de Pimentel era pela ex-presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra, que acabou nomeada como assessora especial do gabinete. A nomeação de Velloso teria sido uma indicação do PL, partido ao qual ele é ligado — e, segundo interlocutores, teria contado até com apoio do presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto.

    Situações semelhantes podem estar acontecendo em outras cidades do Paraná. 





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