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Maringá,08/06/2025

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    Menina de 2 anos morre com sinais de agressão e pais são investigados

    Paciente chega sem vida com múltiplos hematomas, família é ouvida e DHPP investiga possível homicídio doméstico

    G1 PR com Redação do Portal Cadeia de Noticias
     Menina de 2 anos morre com sinais de agressão e pais são investigados Criança foi atendida pelo Samu, mas faleceu antes de chegar ao hospital — Foto: Danilo Avanci/Sesa

    Na noite de sábado (7), o bairro Periolo, em Cascavel, foi palco de uma tragédia que comoveu toda a comunidade: uma menina de 2 anos e 7 meses chegou sem vida ao hospital, atendida pelo Samu, apresentando graves hematomas espalhados pelo corpo, desde pulsos e mãos, até pernas, tórax, abdômen e pescoço. A equipe médica constatou a gravidade das lesões durante a tentativa de reanimação com RCP, configurando fortes indícios de possível violência infantil – uma suspeita que abriu caminho para uma investigação por parte da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) 

    A mãe da criança relatou à Polícia Militar (PM) que deixou a filha sozinha por alguns minutos no banheiro enquanto recolhia roupas durante uma chuva e que, ao ouvir um barulho, teria encontrado a menina caída. O padrasto, que tentou socorrê-la, acreditou que ela estivesse engasgada com água. No entanto, essa versão passou a ser contestada a partir da constatação de múltiplos hematomas em locais incomuns para um suposto acidente doméstico .

    O pai, que está separado da mãe e manteve contato recente com a filha, revelou ter observado nos últimos dois meses que a criança estava mais magra, apresentava marcas de agressão e dificuldades para caminhar. Uma irmã dele chegou a gravar vídeos da menina com hematomas, reforçando as suspeitas de maus-tratos . Apesar das justificativas da mãe – que mencionou atendimentos anteriores na UPA Brasília e uma queda em um parquinho para explicar parte das lesões – essas alegações não esclareceram todas as marcas identificadas pelos médicos .

    A Polícia Científica de Cascavel foi acionada para realizar perícia no local e proceder com a necrópsia, cujos resultados devem esclarecer se a causa da morte foi acidental ou resultado de agressão intencional. A mãe e o padrasto foram levados à 10ª Central de Flagrantes, onde prestaram depoimento. Um boletim de ocorrência foi registrado, e a investigação segue em ritmo acelerado enquanto se aguarda laudos que fundamentarão o desdobramento do caso .

    Este episódio lamentável ressalta a importância do olhar atento para sinais de maus-tratos: hematomas recorrentes e inexplicáveis, subnutrição, dificuldades de locomoção e marcas em locais atípicos devem gerar alerta vermelho no entorno da criança – alerta respaldado por estudos que associam esse tipo de violência a traumas físicos e emocionais de longo prazo .






    Enquanto os resultados da perícia são aguardados, recomenda-se que vizinhos, professores, profissionais de saúde e demais cidadãos estejam atentos aos sinais identificadores de abuso. Em situações suspeitas, denúncias podem ser feitas imediatamente à DHPP, Nucria/MPC ou por meio do Disque 100, canais que oferecem atendimento sigiloso e potencialmente salvam vidas. O próximo passo é a conclusão dos exames da Polícia Científica, que embasará as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar os envolvidos e dar voz à vítima silenciada.




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