Cidade do Paraná cria mais de 2,5 mil empregos formais no 1º trimestre de 2025
Alta de 13% em relação ao ano passado foi impulsionada pela indústria e setor de serviços; Arapongas e Apucarana lideram saldo positivo

A região de Apucarana, no Norte do Paraná, encerrou o primeiro trimestre de 2025 com 2.572 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo positivo representa um crescimento de 13,4% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram criadas 2.268 vagas.
Entre janeiro e março, foram registradas 17.641 admissões contra 15.069 desligamentos, considerando os 27 municípios que compõem a região. O destaque ficou para Arapongas (1.112 vagas), Apucarana (860) e Jandaia do Sul (226), os três com os melhores desempenhos no trimestre.
O setor industrial liderou a geração de empregos com 1.236 vagas, seguido de perto pelo setor de serviços (1.182). Já a construção civil respondeu por 144 novos postos, e o comércio, por 22. Por outro lado, a agropecuária foi o único setor com saldo negativo, com 12 vagas a menos no período.
Ao final de março, a região ultrapassou a marca de 108 mil trabalhadores com carteira assinada, representando um crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior.
Para o economista e professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Paulo Cruz, o cenário é otimista. Segundo ele, três fatores sustentam esse avanço: aumento da renda, crescimento do emprego e recuperação salarial. “A indústria é o setor que mais se destaca com o avanço do consumo. À medida que a renda sobe, aumenta também a demanda por serviços especializados”, explica.
Cruz aposta ainda em uma melhora no comércio ao longo de 2025, especialmente em maio, novembro e dezembro, meses impulsionados por datas comemorativas. Ele também defende a necessidade de diversificação econômica em municípios menores, que ainda enfrentam saldos negativos de emprego, como Ivaiporã (-43) e Califórnia (-34).
Mesmo com uma leve queda no saldo de março em relação ao mesmo mês de 2024 (640 empregos criados, queda de 11%), a expectativa é que o ano siga com tendência de crescimento no mercado de trabalho formal na região.