Homem é preso por feminicídio após tentar encobrir morte da companheira como natural no Paraná
Cleuza Gonçalves, de 51 anos, foi encontrada morta em Nova Esperança. Exame necroscópico revelou traumatismo craniano grave, contradizendo versão do suspeito.

Um homem de 40 anos foi preso temporariamente na noite de terça-feira (3) em Presidente Castelo Branco, no norte do Paraná, suspeito de ter assassinado sua companheira, Cleuza Gonçalves, de 51 anos. O crime ocorreu em 10 de maio, na residência do casal, localizada na região da Granja Yamamoto, em Nova Esperança.
Segundo informações da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), o suspeito acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) alegando que a companheira havia falecido por causas naturais. No entanto, a médica plantonista recusou-se a atestar o óbito ao notar marcas de agressão no corpo da vítima. O corpo foi então encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde o exame de necropsia confirmou que a causa da morte foi traumatismo craniano grave.
Testemunhas relataram que o suspeito esteve em um bar com um amigo e consumiu bebida alcoólica antes de retornar para casa e acionar o Samu. As investigações apontam que ele foi a única pessoa a estar com Cleuza nos momentos que antecederam sua morte. Além disso, o homem possui histórico de violência doméstica, e a vítima havia solicitado uma medida protetiva de urgência contra ele em 2021.
Após o crime, o suspeito fugiu da cidade, sendo localizado e preso em Presidente Castelo Branco. Contra ele, foi expedido um mandado de prisão temporária com validade de 30 dias, podendo ser prorrogado conforme o andamento das investigações. Ele foi transferido para a cadeia pública de Nova Esperança, onde permanece à disposição da Justiça.
O corpo de Cleuza Gonçalves foi sepultado no cemitério municipal de Nova Esperança. A Polícia Civil continua investigando o caso para reunir mais evidências e esclarecer os detalhes do crime.